Prepare seu filho para a vida: 1ª das 10 dicas nada fáceis.
Fonte: Professor Evandro Faustino / ISEP – Instituto Superior de Ensino Personalizado
1 – RESPONDA RÁPIDO: PARA QUE VIDA VOCÊ QUER PREPARAR SEU FILHO?
Isso pode parecer o óbvio ululante, mas habitualmente não é. Já perguntei a centenas de pais e mães: “O que vocês mais querem para seu filho?”, e a resposta imediata, ditada pelo amor, foi sempre a mesma: “que ele seja feliz”. Isso é muito bonito, mas nada objetivo. Porque quando em seguida pergunto: “e o que vocês estão fazendo agora, de prático e concreto, para garantir essa felicidade que desejam para ele ?”, a resposta é um sorriso embaraçado, seguido de generalidades e divagações. Normalmente vemos a felicidade de nossos filhos (e a nossa também) como um pote de ouro que está lá na ponta do arco-íris, desejável, mas para o qual não sabemos o caminho, e – sejamos sinceros – também não nos esforçamos demasiadamente para encontrar. Ela está lá, brilha, é bonita, mas… é meio utópica, sabe… é mais fácil ficar ciscando, borboleteando, moscando, em busca do imediato, mas sem um escopo claro e último definido.
Seja prático: para qual vida você quer preparar seu filho? Qual o objetivo final da estrada da vida que você o quer fazer trilhar? Você está realmente pensando no ouro do fim, ou está se detendo em algum brilho enganador de alguma bijuteria intermediária?
Essas bijuterias intermediárias são os reducionismos, visões parciais para a finalidade da vida, que aparecem a todo momento. O menino pequeno quer acima de tudo, ser bombeiro… a menininha sonha ser bailarina… o rapazinho que ser craque de futebol, a adolescente quer se casar com o cantor da moda… o jovem universitário deseja ganhar muito dinheiro, e assim por diante. São objetivos desejados com ânsia, talvez bons em si mesmos, mas que não contemplam o fim último da vida de uma pessoa.
Assista “Lances Inocentes”, um vídeo que mostra os acertos e os equívocos da educação de um menino de oito anos, comum em tudo menos no fato de que é um genial jogador de xadrez. O caso é verídico. O pai, encantado com a capacidade enxadrística do filho, comete inicialmente o erro de o fazer se dedicar quase exclusivamente ao jogo, esquecendo-se de que ele é uma criança, que é uma pessoa, e que tem outros objetivos mais altos a alcançar. Depois, felizmente, o pai cai em si, e as coisas se corrigem para o bem. Nada contra o esporte, o balé, a natação, o caratê, o piano, o violino, e tudo o mais. Todas essas atividades são boas, sem dúvida. Mas não as priorize em demasia. Especialmente, não exija que sua filha faça aquilo que você gostaria de ter feito, e não teve oportunidade. Sua filha não é você. Vamos voltar a falar disso já, já.