Prepare seu filho para a vida: 3ª das 10 dicas nada fáceis.

 em artigos

Fonte: Professor Evandro Faustino – Colégio Caminhos e Colinas.

(…)

3- QUEM EDUCA É VOCÊ, E MAIS NINGUÉM! 

Todos sabemos que o homem é o animal que mais tempo precisa ficar sob a proteção dos pais, depois  do nascimento. Enquanto que o patinhos, gatos, etc. , ficam “debaixo da saia” das mães durante no máximo um ou dois anos, o bichinho-homem pode precisar de duas dezenas de anos (às vezes mais)  para que, no dizer da canção, “o filho vire passarinho e queira voar”. 

Por que o homem leva tanto tempo para “sair de casa”?  Porque, ao contrário de todos os outros animais, não precisa apenas de alimentação, mas precisa ser educado.  

“Educar” vem do latim “ducere”, que significa “guiar”, e também do latim “educere”, que quer dizer “extrair”. Daí uma explicação etimológica da palavra: Educar tem o sentido de guiar a pessoa, extraindo dela o melhor que ela tem.  E quem é esse guia? São os pais. É você. Enquanto os filhos são pequenos, só os pais têm todas as condições e possibilidades de perceber as alternativas da vida que melhor favorecerão seu pleno desenvolvimento físico, intelectual e moral.  Na medida em que forem crescendo e adquirindo maturidade, eles terão mais conhecimentos de si próprios e do caminho que devem percorrer, e poderão – juntamente com você – interferir nesse processo. Mas por enquanto é só você, pai e mãe. 

Todos entendemos e sentimos que seja assim. Há pelo menos dois filmes comoventes, baseados em fatos reais, que mostram a luta de mães pelo direito de conservar suas filhas. ( “Não sem minha filha”,  e “O resgate de Lauren Mahone”). Quando os assistimos, sentimo-nos identificados com a mãe, e achamos perfeitamente natural o sacrifício que fazem e a luta que enfrentam para resgatarem o direito de manter e educar suas filhas. Em um dos filmes a mãe argumenta exatamente assim com os mercenários que pretende convencer a ajuda-la: “Algum de vocês tem filhos? Não fariam a mesma coisa por eles?”.  Claro que sim, pensamos nós, os espectadores. Se fosse meu filho, eu faria a mesma coisa!”

E no entanto…

Qualquer diretor ou diretora de escola, qualquer professor ou professora com alguns anos de janela irá se lembrar de quantas vezes ouviu de pais e mães ( o mais das vezes “dondocas” ricas que consentem em parar na escola no caminho entre a academia e o cabeleireiro), expressões semelhantes a : “Eu estou pagando para que vocês eduquem meu filho… Não me venham com problemas que não são de minha competência…” 

Não, senhora dondoca.  A verdade é que, quando se trata da educação de vosso filho, os problemas ( e também as glórias) são sim, exclusivamente de vossa competência.  Os outros agentes educativos – a escola, a paróquia, as aulas de reforço – serão talvez importantes, ou até mesmo muito importantes auxiliares, mas nunca – nunca!- poderão suprir a educação que deve ser dada na família. 

É isso o que sempre ensinaram os grandes educadores de todos os tempos:

 O direito-dever educativo dos pais é essencial, porque está vinculado à transmissão da vida humana; é original e primário (enquanto que os outros agentes educativos são derivados e secundários) porque a relação de amor que se dá entre os pais é única e constitui a alma do processo educativo; e é insubstituível e inalienável: não pode ser usurpado nem delegado a ninguém.

O  papel dos pais na educação tem tanto peso que, quando falta, dificilmente se pode suprir.  De fato, o esquecimento dessas verdades levou muitos pais ao descuido, inclusive ao abandono, de seu papel insubstituível, até o ponto de que Bento XVI tenha falado de uma situação de “emergência educativa”, que todos devemos enfrentar. 

É claro que as mudanças sociais e trabalhistas do mundo moderno têm sua repercussão sobre a família.  Cresceu muito o número de lares onde a esposa e o marido têm ambos trabalho profissional fora de casa, muitas vezes necessário e absorvente.  Mas o amor é imaginativo. Pais que verdadeiramente amam saberão suprir a quantidade de horas que não podem dedicar a seus filhos pela qualidade do trato no pouco tempo que dispõem.

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